Ao intervir nesse mesmo acto, o governador provincial, Norberto dos Santos "Kwata Kanawa", exortou-os a engajarem-se nas tarefas que concorrem para o desenvolvimento do país.
Para si, os jovens representam a força motriz do desenvolvimento de qualquer sociedade e é essencial que os cidadãos libertos encarem a vida com mais seriedade e determinação.
Referiu que a melhor maneira de os jovens responderem positivamente à Lei da Amnistia é estarem focados na formação académica e técnico-profissional, de modo a absterem-se de práticas criminosas, sob pena de verem anuladas as amnistias e voltarem à prisão.
Mostrou-se preocupado com o facto de a maior parte da população penal do Estabelecimento Penitenciário de Malanje ser jovem, tendo considerado necessário sensibilizar a juventude para não incorrer em delitos.
Já o juiz presidente do Tribunal Provincial, Félix Alexandre Sebastião, disse que o perdão das penas representa a garantia de uma segunda oportunidade para os amnistiados.
Disse esperar que estes adoptem nova postura perante a sociedade e observem os pressupostos da referida lei.
Explicou que o amnistiado que vier a cometer crime nos três anos subsequentes com moldura penal de um ano será novamente levado à prisão e cumprirá de novo a pena.
Aconselhou os ex-reclusos a absterem-se de práticas delituosas e seguirem uma vida assente na concórdia, união e espírito de irmandade.
Esclareceu que os crimes dolosos que resultaram em morte, os praticados com recurso a arma de fogo, de tráfico de seres humanos, de órgãos e de droga, violação, auxílio à emigração ilegal, entre outros, não beneficiam de amnistia, mas têm perdão de um quarto das mesmas.
Garantiu, por outro lado, que o processo de soltura será faseado, sendo que nos próximos dias outros cidadãos abrangidos serão postos em liberdade.
Entretanto, numa mensagem, os amnistiados elogiaram a iniciativa do Estado Angolano e prometeram cooperar nas acções que visam a garantia de um país cada vez mais próspero, através do seu envolvimento nas diferentes tarefas de impacto social e económico.
Afirmaram que a prisão, embora os tenha privado a liberdade, moldou os seus comportamentos, sendo que agora caracterizam-se como pessoas promotoras da concórdia e dispostas a enfrentarem com êxito os desafios que os espera.
A cerimónia foi testemunhada também por autoridades judiciais, efectivos do Ministério do Interior, membros do governo provincial e distintos convidados.
A Lei da Amnistia foi aprovada pelo Parlamento a 20 de Julho.
Concede perdão aos cidadãos nacionais ou estrangeiros que tenham recebido penas de até 12 anos de prisão, por crimes cometidos até 11 de Novembro de 2015.