O desdobramento de brigadas móveis para as comunas, sectores e povoações do município de Quilengues, na província da Huíla, está a contribuir para o êxito do processo de registo civil no seio da população.
O primeiro secretário provincial do MPLA na Huíla, João Marcelino Tyipinge, confirmou, na sua deslocação à localidade de Hole, comuna do Dinde, o trabalho que está a ser desenvolvido pelas brigadas da Delegação Provincial da Justiça e Direitos Humanos, tendo considerado excelente, por permitir o registo de mais pessoas. O político visitou a brigada instalada numa das escolas da comunidade, onde observou longas filas de cidadãos que aguardavam pacientemente pela sua vez, para poderem efectuar o seu registo de nascimento.
A ideia da instalação de brigadas móveis nas comunas, sectores e povoações intensificou-se nos últimos tempos para permitir a atribuição de nacionalidade a centenas de cidadãos, entre crianças e adultos, que não dispunham de documentos pessoais.
Na povoação do Hole, onde uma das brigadas integradas por quatro funcionários de registo civil trabalhou nos últimos dias, houve uma enchente no local. Longas filas formadas por cidadãos ávidos por um documento de identificação marcam o dia-a-dia da brigada. O responsável da brigada do Hole, Adelino Hamavoko, disse que foi possível atribuir em dois dias cédulas pessoais para mais de 200 pessoas.
Acrescentou que por semana as brigadas móveis registam em média mais de 500 cidadãos. Para comprovar a nacionalidade do cidadão, o responsável do sector da Justiça e Direitos Humanos disse que, para tal, basta a pessoa fazer-se presente com o cartão de registo eleitoral ou, na ausência deste documento, o indivíduo pode contar com o testemunho do soba da região e dos membros da família.
Adelino Hamavoko disse que o principal constrangimento do processo de atribuição de documentos pessoais está relacionado com a falta de documentos dos progenitores, factor que, segundo ele, estão na base da morosidade na identificação dos cidadãos.
Dada a procura nos postos móveis de registo de cidadãos sem identificação, Adelino Hamavoko explicou que, em função disso, vêem-se na obrigação de se desdobrarem para outras povoações, no sentido de assegurarem o direito à cidadania para todos. “O nosso trabalho tem sido programado em função da grande procura. Vamos nos manter nesta localidade durante esta semana. Seguimos posteriormente para as regiões de Impulo e Camulemba. Assim que concluirmos o processo nestas áreas, tornamos a voltar para Hole”, precisou.