Apesar de a grave dos Oficiais de Justiça ter sido já levantada, na sexta-feira, 1 de Junho, ontem, primeiro dia da semana laboral, poucos cidadãos procuraram os serviços de Conservatórias, Lojas de Registos e Postos de Identificação Civil, para tratar documentos, como de costume, constatou o Jornal de Angola.
Na 7ª Conservatória do Registo Civil, na Samba, que em condições normais regista enchentes, havia um número bastante reduzido de utentes, dando a impressão que a mesma não estava a funcionar.
Na 1ª Conservatória, no Kinaxixi, o cenário não foi diferente. Embora os trabalhadores tenham comparecido cedo aos seus postos de trabalho e iniciado a jornada pontualmente às 8h00, os cidadãos começaram a aparecer na instituição por volta das 10h00.
“O público não apareceu às primeiras horas da manhã, como de costume, mas, à medida que as horas foram passando, o número de utentes foi aumentando nas nossas instalações”, contou Ester dos Santos, conservadora da 1.ª Conservatória do Registo Civil de Luanda.
Até ao momento em que a equipa do Jornal de Angola esteve na instituição, pelo menos 80 utentes já haviam sido atendidos as suas solicitações de Certidão de Nascimento, Registo de Nascimento e pedido de casamento, garantiu a conservadora.
Durante a greve dos Oficiais de Justiça, algumas conservatórias do Registo Civil, em Luanda, registaram perdas na ordem dos dois milhões de kwanzas.
Enquanto decorreu a greve de cinco dias consecutivos, as conservatórias de Registo Civil, Lojas de Registo, Postos de Identificação Civil não arrecadaram receitas, informou Ester dos Santos, responsável pela 1ª Conservatória de Luanda. Quanto aos prejuízos resultantes da greve, o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos disse que os trabalhadores que aderiram ao movimento reivindicativo vão ser penalizados com corte no salário e emolumentos correspondentes aos dias de inactividade.
Francisco Queiroz disse que “não houve arrecadação de receitas, logo também não vão receber essas taxas”, para acrescentar que “o prejuízo maior foi para os trabalhadores que aderiram à greve”.