Jornal de Angola
Um total de 14 mil crianças e adolescentes, com idades compreendidas entre os seis e 17 anos, conseguiu tratar, pela primeira vez, em todo o país, durante a campanha especial lançada pelo Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, o Bilhete de Identidade
A directora nacional do Arquivo de Identificação Civil e Criminal, Felismina Silva, que falava à imprensa, em Viana, no encerramento da campanha especial de emissão do Bilhete de Identidade, denominada “BI da Dipanda”, informou que a meta da instituição era emitir apenas seis mil, mas, devido à procura, o número de crianças que compareceu aos postos de Identificação, subiu para 14 mil.
Em função disso, prosseguiu, o balanço que faz é positivo. A responsável disse que Luanda, comparativamente as outras províncias, foi a província que mais bilhetes de identidade emitiu durante a campanha, que funcionou apenas aos sábados.
Felismina Silva aclarou que Viana foi o município da capital que mais bilhetes imprimiu. “Foram mais de 500 ao todo”, frisou.
Questionada sobre a continuidade da campanha, a directora nacional do Arquivo de Identificação Civil e Criminal não confirmou, mas também não contestou. Disse que, por agora, vão analisar internamente para decidir se devem ou não realizar uma próxima campanha.
Quanto aos pais que disseram não terem conseguido que os filhos obtivessem o BI por falta do registo de nascimento, a responsável disse não ser uma desculpa feliz, na medida em que eles não devem depender dessas campanhas para tratarem dos documentos dos filhos.
“As pessoas têm que ganhar o hábito de tratar os documentos dos filhos, conforme mandam as regras. Não podem esperar por essas campanhas para os tratar”, salientou.
Felismina Silva sublinhou que o número de filhos sem registo de nascimento, foi inferior aos outros revelando desconhecer os motivos da não obtenção do bilhete de identidade durante a campanha.
“Pelo balanço feito, houve poucos Assentos de Nascimento tratados este ano e no mês da campanha. Muitos pais apareceram com Assentos de 2010, 2012 e 2017”, realçou a responsável, demonstrando que houve da parte dos pais, falta de interesse, em tratar dos documentos dos seus filhos.
Felismina Silva lançou um apelo aos encarregados de educação no sentido de terem em dia os documentos dos filhos, sem depender de campanhas do género.
Acrescentou que a campanha “BI da Dipanda” teve também como objectivo chamar atenção dos progenitores sobre a necessidade e importância de terem em mãos os documentos dos filhos.
Pelas características do novo Bilhete de Identidade, continuou, eles não são entregues na hora. Em Luanda, o prazo de entrega é de 48 horas nas capitais de província é de sete dias úteis e 15 dias nos municípios, segundo Felismina Silva.