O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz, defendeu hoje, em Luanda, mais pragmatismo nas relações entre Angola e Portugal, baseadas, sobretudo, no interesse recíproco e respeito pelas instituições de cada Estado.
Em declarações à imprensa, no final da reunião de trabalho com a homóloga de Portugal, Francisca Van-Dúnem, na sede da instituição que dirige, Francisco Queiroz considerou ser "coisa do passado", os mal-entendidos havidos entre os dois Governos, no caso judicial que envolve o antigo Vice-Presidente da República de Angola, Manuel Vicente.
"Agora os dois países olham apenas para uma relação baseada no pragmatismo, interesse recíproco, e maior respeito pelas instituições de cada Estado", afirmou o ministro angolano, salientando que a visita ao país da homóloga lusa enquadra-se nos novos moldes de cooperação bilateral.
Francisco Queiroz lembrou ainda que a visita da homóloga também acontece num momento em que decorre no país um novo ciclo político caracterizado pela moralização da sociedade, onde, referiu, a justiça assume um "papel preponderante".